UMA CALÚNIA PROVOCA O EXÍLIO DE MÃE SITA
Certa vez, enquanto o Senhor Ramacandra caminhava incógnito à noite, disfarçando-se para poder aproximar-se das pessoas e descobrir que opinião elas tinha a respeito dele, ele ouviu um homem falando desfavoravelmente de sua esposa, Sitadevi.
Falando-se em esposa casta, o homem disse: “Vais à casa de outro homem, e portanto és incasta e contaminada. Deixarei de dar-te assistência. Um homem dominado pela mulher como o Senhor Rama pode aceitar uma esposa como Sita, que foi à casa de outro homem, porém, diferente dele, eu não sou dominado por nenhuma mulher, e portanto eu não a aceitaria de novo.”
Temendo semelhantes patifes, o Senhor Ramacandra dispensou sua esposa, Sitadevi, embora ela estivesse grávida.
Esta, diante de todos, sentindo-se ofendida e ultrajada em Sua honra, resolveu entrar nas chamas do fogo de sacrifício disposta a abandonar Sua vida, pois não suportaria ver Seu amado Rama ser criticado, diante de Seu próprio infortúnio.
Ao entrar no fogo do sacrifício que estava prestes a iniciar, todos ficaram chocados com a determinação de Sita, estavam em desespero, o horror estampado em suas faces.
Então de súbito, o próprio semi-deus do fogo, Agnideva, saiu das chamas, carregando em seus braços, intocada pelo fogo, a bela e casta Srimati Sitadevi, a Rainha de Mithila e origem de todas as virtudes. Todos ficaram maravilhados de que Sitadevi não tivesse sofrido nada, mesmo estando no meio das chamas de onde o próprio Agnideva, estava emergindo. Certamente que este era um sinal auspicioso, que demonstrava a pureza de Sita.
Agnideva pessoalmente testemunhou sobre o caráter impoluto de Sita, Sua indubitável castidade e fidelidade a Seu amado Rama, assegurando a todos que Ela, jamais fora realmente tocada por Rávana.
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