A DEUSA DURGA




Durga é a protetora de lei e da ordem (Dharma), e a destruidora do mal. Durga está identificada próximo com Shakti, e, como tal, é a contra-forma feminina de Siva. Ela é a guardiã protetora sempre atenta, tanto feroz como no amor. A Deusa Durga, como representação da Grande Mãe, também é conhecida por vários nomes, tais como: Parvathi, Kali, Gauri, MahaGauri, Maheshivari, Bhavani, Isana, Annapurna, Karunamayi, Shaarika, Shantadurga, Jagaddhatri, Amba, Sati, Tara, Ambika, Umarama, Bramani, Radha, Rukumeni, Sita, Yosodhara, Dakini, Rakini, Lakshimi, Kakini, Shakini, Hakini, Kundalini, Saraswati etc.. Mas, apesar de ter tantos nomes, ela é única na sua essência, atuação, manifestação e poder.

O aparecimento de Durga:

Certa vez os semideuses não podiam derrotar ao demônio búfalo, Mahishashura, que ameaçava a existência do Universo. Os Devas, que tinham os poderes de detê-lo juntaram seus poderes e criaram Devi Durga, que com sucesso destruiu o demônio. Para isso, pediram ajuda a Shiva que aconselhou a todos os deuses que emitiram sua energia shakti.
A energia emitida se fundiu em uma luz que cegava, que fez surgir a uma magnífica e e completa Deusa, com muitos braços, que era tão bela quanto letal. Os deuses a chamaram de Durga, a Invencível e a armaram com todas as suas armas.



Originalmente era considerada como a personificação das forças naturais que outorgam e também cegam a vida. Como tal, se nutre da ingenuidade e da dedicação à natureza, protegendo-a com todas as suas forças. Também é conhecida como a Indecifrável, porque destrói a ignorância. Em troca, exige um sacrifício, que em algumas histórias, implica uma vida humana.



Durga é o poder da realização e destruidora do mundo da ilusão. Conhecida as vezes como a Incansável é, como esse aspecto, outra manifestação da consorte de Shiva. Ela é o aspecto feminino do Senhor Shiva, é a potência feminina que organiza o caos define possibilidades, e manifesta a vida no Universo. É a força que gera e concretiza a vontade do Supremo Criador, Mantenedor e Transformador, e manifesta todas as formas pelas quais a vida se expressa, pulsa e vibra. Ela é representada simbolicamente como uma linda mulher, adornada com jóias magníficas e vestida com roupas de seda vermelhas e bordadas de dourado resplandecendo e emanando poder. Ela possui dezoito braços carregando vários objetos nas mãos. Para cada objeto que ela carrega nas mãos existe um significado simbólico específico, que enfatiza seus poderes. Nas suas representações ela carrega as égides de Shiva evidenciando ser sua extensão feminina. A cor vermelha simboliza ação e as roupas vermelhas significam que ela está sempre em movimento destruindo as forças do mal e protegendo a natureza e a humanidade de dores e sofrimentos causados pela influência da ignorância que resulta em atuações malignas.



Mãe Durga é iluminada e resplandecente como a Lua, monta o leão ou o tigre, seu veículo animal. Carrega nas suas mãos várias armas, suas égides, e possui o brilho intenso do fogo divino destruidor e transformador. Como Parvati, Ela é doce e serena, compreensiva, é a potência acolhedora e compassiva, a fiel e amorosa e inseparável consorte do Senhor Shiva. Ela permanece sempre ao lado esquerdo d’Ele nos picos brancos e congelados do Monte Kailash no Himalaya como complemento incondicional do Seu poder. Sati Ela é fidelidade e renúncia. Por amor e solidariedade a Shiva (a energia transformadora) tudo enfrenta. Sati, por amor solidário a seu esposo divino, chega a se deixar consumir pelas chamas na pira ardente, porque não suporta ver Shiva, seu amado, ser destratado durante um ritual, onde todos os deuses foram convocados, exceto ele. Com isso, Sati provoca a ira do seu pai Daksha, e a revolta destruidora de Shiva, conforme é narrado no Bhagavatam.

Sua imagem é extremamente brilhante (devi), com três olhos como lótus, dez poderosas mãos, cabelos exuberantes com formosos anelados, um vermelho-dourado brilhante de sua pele e pedras preciosas. Cada deus também lhe deu a sua arma mais poderosa, o tridente de Rudra, o disco de Vishnu, o raio de Indra, kamandal de Brahma. O Himalaia presenteou-lhe com um feroz leão dourado.

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